terça-feira, 14 de setembro de 2010

Estacionamento da região do "Canela de cima" foi fechado arbitrariamente para estudantes de graduação e pós-graduação.

A cidade de Salvador vive um sério problema estrutural relacionado com sua organização espacial urbana. Além dos enormes engarrafamentos que sua população tem que enfrentar no dia-a-dia, agora a cidade está padecendo com uma oferta de estacionamento que é bem menor que a demanda.

Esta situação já chegou a UFBA, principalmente na região do Canela de cima (atrás da reitoria, Escola de Enfermagem, Música, Odonto, Hospital das Clínicas etc.). São 400 vagas ofertadas, porém a demanda é de em torno de 2000 carros. Este é sério problema de resolução muito difícil a curto prazo. Afinal, vai além da UFBA e se relaciona com um setor estrutural de nossa sociedade que é o setor de transporte urbano.
Neste sentido, os Diretores das Unidades daquela região junto com a Reitoria e a ASSUFBA, reuniram-se sem convocar a representação estudantil para pensar numa solução. A proposta que saiu desta reunião foi o fechamento do estacionamento daquela região pertencente a UFBA. As argumentação foram:  que nesta região há uma grande número de carros estacionados que “não são de pessoas vinculadas a UFBA” como os funcionários e donos dos vários serviços e lojas que existem na região do Canela. Além disso foi alegado que nesta região há uma apropriação do estacionamento por algumas pessoas que utilizam aquele espaço para lavar carros e conseguir alguma renda, assim só quem estacionaria naquele espaço seriam pessoas que fossem pagar para lavar seus carros. Por fim a principal alegação seria a segurança do local que é alvo de diversos assaltos e furtos de carros e de pedestres. Com o local fechado com uma guarita e segurança, seria mais difícil estes furtos e roubos de carros na região.

Pois bem, mesmo fechando o estacionamento no local não resolve o problema de oferta e demanda. Neste sentido a decisão arbitrária da reunião de diretores de unidades, Reitoria e ASSUFBA foi limitar o estacionamento para uso apenas de Docentes e Técnicos Administrativos que trabalhassem no local. O argumento principal seria o de que estes dois segmentos permanecem mais na Universidade do que os estudantes, sendo assim mais legítimas o usufruto das vagas para estes. Assim seriam concedidas também vagas para os Residentes do Hospital da Clínicas que também tem um tempo de permanência grande no Hospital.

Esta decisão foi arbitrariamente tomada sem a presença da representação estudantil. Nem o DCE nem os DA’s e CA’s da região foram convocados a discutir esta situação. Neste sentido esta decisão, fere o principio da democracia de que ao menos os estudantes deveriam ter sido convocados para debater e por que não ter peso de voto quando necessário diante de alguma decisão. Assim a gestão Primavera nos Dentes do DCE questiona esta posição arbitraria de proibir os estudantes de graduação e pós-graduação de estacionar seus veículos na região. A Universidade já avançou muito com relação a democracia, com eleições paritárias para reitor dentre outras ações. Porém esta decisão da forma como foi feita é um retrocesso. Sabemos que o problema é de difícil solução, porém não é excluindo os estudantes da discussão que resolveremos este, afinal, nós estudantes também passamos pelas mesmas dificuldades de segurança na região, dentre outras dificuldades. Assim questionamos, qual é o critério que realmente representa a real necessidade de estacionar o veículo naquela região. Será mesmo que TODOS os estudantes precisam estacionar menos do que docentes e técnicos administrativos?  Esta é uma questão que precisamos discutir, e assim cobramos a Administração Central e aos Diretores de Unidades um espaço que sejamos convocados a colocar nossa opinião e ter voto nas decisões, afinal prezamos pela democracia dentro de nossa Universidade, ou não?

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