quarta-feira, 29 de setembro de 2010

IBGE: desnutrição ainda é presente em crianças até cinco anos



Divulgada na última sexta-feira (27/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 mostrou que o país ainda deixa a desejar no combate à desnutrição de crianças abaixo de cinco anos. O levantamento visitou 60 mil domicílios, pesando e medindo moradores. Em um dos indicadores da desnutrição - a altura, o déficit foi de 6,3% entre os meninos e de 5,7% entre as meninas, sendo maior nos primeiros anos de vida.



Essa disparidade foi encontrada em maior concentração em domicílios com os menores rendimentos e provenientes das regiões Norte e Nordeste, embora o déficit de altura também fosse encontrado em famílias que ganham até cinco salários mínimos e nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.



Mas os responsáveis pela pesquisa ressalvam que a desnutrição está em queda no Brasil, em um processo que começou apresentar declive nos anos de 1980. O percentual de déficit de altura de crianças entre 5 a 9 anos é de 7,2% entre os meninos e de 6,3% entre as meninas, menor que os índices de 1974 e 1989, quando foram registrados 29,3% e 14,7%, respectivamente, entre os meninos. Entre as meninas, os índices eram de 26,7% e 12,6%.



Entre os adultos, chama atenção o percentual de 5,5% de déficit de peso de mulheres da região rural do Nordeste, de 8,3% entre as mulheres na faixa dos 20 a 24 anos, de 5,4% entre aquelas com mais de 75 anos e de 5,7% entre as de menor renda. Todos esses quadros também podem ser classificados como desnutrição.



"A questão da desnutrição vem se reduzindo. Mas está coerente com outros estudos feito no país, tanto em termos da análise de idade entre os pequenos, com menos de 5 anos, quanto em déficit de peso nas outras populações por faixa etária", afirmou a pesquisadora do IBGE, Marcia Quinstlr.



De acordo com a pesquisadora, a melhoria do quadro traduz uma melhoria no poder aquisitivo das famílias de menor renda, da escolaridade das mães e da cobertura de serviços básico de saúde, conforme constatou a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A pesquisa ainda chama atenção para o percentual de crianças entre 5 a 9 anos com excesso de peso ou obesas, 33,5% e 14,3% do total, respectivamente, que estão, em sua maioria, na Região Sudeste. O déficit de altura nessa idade é de 6,8% do total e o déficit de peso, de 4,1%. Entre os jovens de 10 a 19 anos, o déficit de peso é de 3,4% e preocupa mais o percentual de excesso, 20,5%.



Fonte: Cecovisa

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